Cerca de 20 indígenas da etnia Tukano, que vivem em uma área designada no Setor Noroeste de Brasília, enfrentaram um incêndio que começou às 7h40 da última segunda-feira (16) próximo à casa Yepá-Mahsã, onde residem.

A casa está localizada entre as quadras 706 e 707 do Noroeste, com acesso ao lado direito da igreja evangélica Núcleo da Fé, aos fundos do Hospital da Criança de Brasília José Alencar.

Álvaro Tukano, líder da etnia, afirma que o incêndio foi intencional: “Estamos à beira da estrada e, naquela hora da manhã, estava frio. O que ocorreu foi criminoso”, declarou à Agência Brasil. No entanto, ele não apresentou uma denúncia formal à polícia e não possui suspeitos.

Os indígenas acionaram o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal em duas ocasiões no mesmo dia: uma vez no início da manhã para combater o incêndio e novamente após as 10h, quando o fogo recomeçou a queimar a mata do cerrado. Coincidentemente, os bombeiros estavam atuando no combate a um incêndio no Parque Nacional de Brasília ao mesmo tempo.

O incêndio danificou o encanamento que fornecia água potável à casa e destruiu parte da plantação de mandioca. A neta de Álvaro Tukano compartilhou imagens do incêndio em suas redes sociais.

No Setor Noroeste, convivem indígenas de várias etnias, incluindo Tukano, Guajajara, Bororo e Xucuru. Na área conhecida como Santuário dos Pajés, residem o povo Fulni-ô, enquanto a reserva indígena do DF abriga os Kariri-Xocó e Tuxá.

Matheus Terena, também morador da reserva, relatou que, no sábado (6), houve um princípio de incêndio próximo à rodovia Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia).

Da Redação